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Quem são as mulheres que vão comandar prefeituras em SC a partir de 2021

Quem so as mulheres que vo comandar prefeituras em SC a partir de 2021

Elas estão ampliando a participação na política, mas o crescimento ainda é lento; conheça Nilza, de Itapema, e Dalvania, de Içara, as mais votadas em Santa Catarina
O “prefeito” reeleito de Itapema é Nilza Simas (PSD). O futuro “prefeito” de Içara será Dalvania Cardoso (PP). A expressão masculina que continua na boca do povo está, aos poucos, dando espaço às conquistas das mulheres na política catarinense. Nestas eleições, 28 prefeitas foram eleitas em Santa Catarina.
Das eleitas para comandar prefeituras no Estado a partir de 2021, Nilza e Dalvania são as campeãs de votos. A prefeita de Itapema obteve 18.557, enquanto a próxima prefeita de Içara teve 12.527.
A dupla é um recorte do aumento das mulheres na política em Santa Catarina. Elas somam força no crescimento – ainda tímido – da participação feminina nos executivos municipais do Estado.

Em Itapema, no ano de 2008, Nilza se tornou a primeira vereadora da cidade e foi recordista de votos entre as mulheres na reeleição em 2012. Na eleição municipal seguinte, novo feito, a primeira mulher eleita para comandar o Executivo. E em 2020, obteve a reeleição com apoio de 63,74% do eleitorado.
Em Içara, Dalvania também conseguiu uma façanha. A cidade, que completa 60 anos em 2021, terá sua primeira prefeita. Derrotada em 2016, ela disse que plantou uma semente naquela eleição e, desde então, focou na aproximação com a comunidade para vencer em 2020.
Crescimento da representação das mulheres em SC
O professor e cientista político Eduardo Guerini tem números que revelam o crescimento da participação das mulheres na política e nas prefeituras de Santa Catarina ano após ano.
“Em relação à representação feminina, 28,57% das candidatas a prefeita se elegeram nas urnas. Foram 28 mulheres que venceram o pleito de um total de 98 candidatas. Considerando que temos 295 municípios catarinenses, 9,49% deles terão uma mulher no comando”, explica Guerini.
Ele trouxe outros números à reportagem: na eleição de 2012, a repres“Desde a instituição da lei de cotas, que não pode mais inscrever uma chapa com menos de 30% de um dos gêneros pelo menos, percebemos aumento significativo no número de mulheres candidatas e que concorrem para valer”, comenta a pesquisadora.
Reserva de candidaturas
Na disputa eleitoral de 2020, a nominata de candidatos dos partidos para a câmara municipal dos partidos deveria ter no mínimo 30% de mulheres. Na opinião da prefeita eleita de Içara, a medida não traz benefício. Ela acredita que a lei acaba obrigando mulheres a disputar a eleição e que isso piorou o quadro para elas.
entação das mulheres nas prefeituras era de 7%. Em 2016, na eleição seguinte, 8,4% dos municípios tiveram mulheres eleitas. Ou seja, aumento de dois pontos percentuais em oito anos.
Doutora em Ciências Humanas pela UFSC, Simone Lolatto fala em crescimento incipiente. Ela concluiu, em 2016, um estudo sobre os sete mandatos das seis mulheres – uma delas foi reeleita – vereadoras titulares de Florianópolis entre 1983 a 2016.
O estudo é anterior à vitória de Maria da Graça, vereadora de 2017 a 2020, e ao recorde das cinco mulheres eleitas em 2020.
A câmara municipal da cidade que ela governará terá duas mulheres em 2021: Carla Souza (MDB) e Silvia Mendes Marreca (PSDB). Içara tem 15 vereadores. A representação feminina é de 13,33%.
Itapema, de Nilza, terá três, 23,08% do total de cadeiras: Bete (PSD), Raquel da Saúde (PSL) e Zulma (PP). As outras 10 vagas do parlamento serão ocupadas por homens.
“Não diria que o mundo político é machista, mas é masculino, porque as mulheres não ousam entrar para a vida pública. Elas têm um certo receio (…) Temos que incentivar, com trabalho e números. As mulheres são capazes de assumir a vida pública”, disse Nilza.
Lolatto concorda. Ela considera que uma das grandes dificuldades para o êxito eleitoral das candidaturas femininas é a falta de experiência em eleições.
“Essa falta de experiência histórica que carregam as mulheres pela inserção tardia na política partidária e nas disputas eleitorais interfere também no êxito delas, portanto, quanto mais mulheres forem candidatas e insistirem nisso, elas vão conquistando base e se consolidando como lideranças”, ressalta Lolatto.


Fonte da Jornal Nd+
 





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